Por Opção Escolheu Morrer

E se eu disesse que o culpado de tudo isso sou eu? Que você não precisaria se sentir culpada pelo que aconteceu, você nunca teve culpa, eu que não conseguir segurar o peso dos meus erros.
Na verdade você sempre foi muito pra mim e eu também fui muito pra você, mas o que nos diferenciava era que você compactuava com a verdade e eu com a mentira. Imagine uma criança que fica encantada com o carrossel em um parque em dia de sol com sua irmã mais velha, e depois de montada no cavalinho olha os seus pais sorrindo e com os olhos brilhando de alegria acredita que a felicidade é tudo, e que a vida é feita de momentos... Essa encantadora menina é você!
Ou aquela criança invejosa, birrenta que é o dono da bola do futebol, mas por não ser escolhido pega a sua bola e vai pra casa, e acaba com a alegria dos amigos, certamente essa criança se encaixaria muito bem comigo enquanto criança, mas dizem que as crianças apenas desenvolvem o comportamento, vai ver que é por isso que eu me identifico tanto com essa criança...
Na verdade o que aconteceu foi apenas para desatar o nó de uma pessoa que não era ou nunca foi merecedor do seu amor, eu quero deixar claro que o meu suicídio não é porque você me traiu com o meu pai, e que onde minha mãe estiver acredito muito que é um lugar maravilhoso porque ele não está com ela.
Mas estou me suicidando porque não fui uma pessoa amorosa, atenciosa, mais presente, apesar dos anos que passamos juntos, não consigo me conformar por não ter aproveitado mais o tempo do seu lado, e não foi pela traição, mas por eu não ter evitado tudo isso...
Perdoe a minha vida ausente...
Ass: Durkheim.

Por, Guimarães, Filipe.

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